Jesus resolve ir à Jerusalém, à capital política, econômica e religiosa, à capital do ódio, da competição pelo poder e, por isso a capital de tantos profetas que agora ameaça o maior mártir, aquele pelo qual todos os que o anunciaram e o testemunharam de verdade foram perseguidos, torturados e mortos.
A pesar de Jesus não lutar pelo poder político, religioso e econômico, no entanto combate a escravidão que esses poderes combinados exercem até hoje sobre o povo.
Assim acontece em todos os continentes, e para nossa história, sobretudo na África e nas Américas, onde, contraditóriamentente negros e índios foram escravizados e mortos em nome do maior libertador, Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo que no meio da escandalosa contradição histórica do cristianismo imperialista diz aos cristãos em geral hoje que continuam matando negros, índios, mulheres, gays e pobres em geral em nome de Cristo:
"Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não conheceis, mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou" (João 7,28-29).
Oxalá que um dia a Igreja se torne cristã, discipula de Cristo, filha do mesmo Pai de todos, e possa falar e agir em nome e do jeito de Jesus Cristo, isto é, em defesa dos pobres e excluídos da sociedade poderosa deste mundo que amordaça, cala e mata os profetas.
Baltazar Dias 91 9 9810 - 8219
Cursos de Interpretação e Espiritualidade do Evangelho.
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