Na próxima semana, entre os dias 21 e 25 de julho de
2025, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) se reunirá nacionalmente em Congresso,
em São Luís, capital do Maranhão, quando celebrará seus 50 anos de missão
profética e acompanhamento dos trabalhadores e trabalhadoras do campo em seus
processos de lutas e resistências.
Animados e animadas pelo tema “CPT 50 anos – Presença,
Resistência e Profecia” e o lema “Romper Cercas e Tecer Teias: A Terra a Deus
Pertence! (cf. Lv 25)”, agentes da CPT, povos, comunidades e trabalhadores do
campo, das águas e das florestas de todo o país, irão se encontrar para
recordar a caminhada percorrida e projetar a que se apresenta para os próximos
anos. Com os desafios, conquistas e aprendizagens, ao longo dessas cinco
décadas de vida e luta, a CPT irá olhar para o futuro, com novos e velhos
enfrentamentos que se colocam no caminho à frente, e traçar novos horizontes de
luta.
Programação
21/07 –
Na manhã do primeiro dia (21), a Celebração de Abertura contará com as falas de
Dom José Ionilton Lisboa, presidente da CPT e bispo da Prelazia do Marajó, e de
Dom Gilberto Pastana, Arcebispo de São Luís. A programação da tarde continua
com a mesa “O Chão da realidade dos povos e comunidades que a CPT atua”,
integrada por lideranças camponesas em sua diversidade, com representantes dos
povos do campo e das águas.
Ainda na tarde do primeiro dia, haverá o lançamento e
apresentação do “Atlas dos Conflitos no Campo Brasileiro”, documento inédito
que traz uma radiografia do campo no Brasil por meio da análise de 39 anos de
conflitos registrados pela CPT. A programação do dia se encerra com a
Celebração da Espiritualidade Ancestral.
22/07 –
O segundo dia de Congresso se inicia com a Celebração Eucarística. O período da
manhã então se volta para o momento de Análise de Conjuntura, que terá as
contribuições de Moema de Miranda, secretária da Rede Igrejas e Mineração, de
Jean Marc von der Weid, fundador da organização não governamental Agricultura
Familiar e Agroecologia (ASTA), e de Alessandra Munduruku, liderança originária
e coordenadora da Associação Indígena Pariri – Médio Tapajós (PA).
Pela tarde, com participantes distribuídos entre
pequenas tendas, cada espaço terá a apresentação e discussão das experiências
de “Romper Cercas”, vivenciadas nas lutas dos povos em enfrentamento ao
latifúndio e à exploração e expropriação pelo capital no campo. Ainda no
segundo dia, durante a noite, haverá a Plenária das Juventudes.
23/07 –
A manhã do terceiro dia se concentra nas apresentações das sínteses das
discussões feitas nas pequenas tendas, no eixo “Romper Cercas”. Após as
provocações da assessoria, terá início a Fila do Povo. Pela tarde, as
pequenas tendas apresentam e discutem as experiências de “Tecer Teias”.
À noite, o terceiro dia se encerra com a Romaria e Celebração dos Mártires
e dos Defensores e Defensoras da Vida, momento que será aberto ao público e se
iniciará às 19h30, na Praça Deodoro. A romaria celebrará a memória daqueles e
daquelas que tombaram pelas causas dos povos do campo, das histórias e
testemunhos de vidas dedicadas, até o fim, à concretização do sonho da Terra
Sem Males.
24/07 –
A manhã do quarto dia se concentra nas apresentações das sínteses das
discussões feitas nas pequenas tendas, no eixo “Tecer Teias”. À tarde, com
base nas conclusões das Tendas e Plenárias, serão discutidas as linhas de
ação da CPT junto aos povos do campo, das águas e das florestas. A tarde
finaliza com o momento de avaliação do V Congresso e a noite haverá a Festa
das Comunidades.
25/07 –
O quinto e último dia se concentra na apresentação das Linhas de Ação e na
leitura da proposta de Carta Final do V Congresso Nacional da CPT. O V
Congresso se encerra, então com a Celebração de Envio.
CPT
50 Anos – Presença, Resistência e Profecia
Com as reflexões propostas a partir do tema e lema do V
Congresso, seguindo a programação proposta, a CPT irá trabalhar sobre a
presença da Pastoral ao lado dos povos e comunidades tradicionais do país,
colaborando com instrumentos para o fortalecimento do seu protagonismo. Ainda,
a resistência insurgente dos povos diante das violências empreendidas pelos
capitalistas do campo, levantando um grito de profecia, com a denúncia das
injustiças e o anúncio do bem viver nas comunidades. A Pastoral propõe, também,
refletir sobre as cercas, velhas e novas, a serem rompidas, e sobre as teias de
resistências e possibilidades a serem tecidas coletivamente, rumo à Terra Sem
Males.
Acesse o cartaz: Cartaz V Congresso CPT
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