SEXTA-FEIRA SANTA. OSMP. RETIRO DA SEMANA SANTA 2021. Pe. Figueira, SCJ

Sobre o Tríduo Pascal 2021



Em tempo de pandemia, estamos vivendo uma Semana Santa atípica neste ano de 2021! Devido a vigilância sanitária e as normas e orientações de preservação da SAÚDE, que é uma necessidade, infelizmente nem todas/os, tem a oportunidade de ir à igreja (paróquia ou comunidade) de seu Bairro ou Cidade para participar presencialmente das Celebrações. Por outro, o próprio Jesus prometeu estar presente, onde cada batizado/a se fizer “Igreja”: “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18,20).

Deus é Vida e a Vida é Missão. Somos todas/os discípulas/os missionárias/os de Jesus, Mestre e Senhor! Com esse espírito fraterno, compartilho com vocês a proposta de estarmos unidos, através das redes sociais, refletindo sobre esses conteúdos preparados a partir da internet.

Boa reflexão e que tenhamos um abençoado e santo Tríduo Pascal. Com carinho

Pe. Figueira


SEXTA-FEIRA SANTA

Pela manhãzinha: Leia e reflita durante o dia (todo o capítulo) Lc 23 e o Salmo 22/21.

Segundo a Bíblia, dentre o significado da Semana Santa, esse é o dia ideal para fortalecer a fé e a esperança. Também é tempo de renovar a coragem para enfrentar os problemas do cotidiano. É o momento em que os fieis relembram com tristeza o sofrimento de Cristo que morreu para nos livrar de todos os pecados.

Na Sexta-feira Santa, seguindo uma tradição muito antiga, não há Celebração Eucarística, mas põe em destaque a proclamação da Palavra. Em seguida, às 15h, nas Igrejas, celebra-se a Paixão do Senhor, não como num funeral, e sim, a morte vitoriosa de Jesus Cristo. (cf. Jo 19,28-30). Porém, antes de sua morte Jesus sofreu e sua maior dor foi quando gritou na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” (Mt 27,46; Mc 15,34). Chiara Lubich, em seu livro “Jesus Abandonado” (p. 28-29) ao falar da maior dor, acredita que esta, a dor do abandono, foi a dor extrema. Assim, ela convida a uma espiritualidade que possibilita experimentar justamente o amor a esse Jesus Crucificado e abandonado como possibilidade para colocar em prática a unidade.


Via-sacra

Ao longo da Quaresma, muitos fiéis realizam a Via- Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz. A Igreja nos propõe esta meditação para nos ajudar a rezar e a mergulhar na doação e na misericórdia de Jesus que se doou por nós. Em muitas paróquias e comunidades, são realizadas a encenação da Paixão, da Morte e da Ressurreição de Jesus Cristo por meio da meditação das 14 estações da Via-Crucis.


Ás 15:00

A tarde da Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que o transpassou o lado. Há um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da santa cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade.


Sexta-feira Santa da Paixão e Morte do Senhor
Is 52,13-53,12 ; Sl 30 ; Hb 4,14-16;5,7-9 ; Jo 18,1-19,42.



Na SEXTA-FEIRA SANTA, Jesus foi preso, açoitado e condenado por Pilatos a crucificação. Além de carregar uma cruz nas costas, ele recebeu uma coroa de espinhos na cabeça. O filho de Deus caminhou até o monte Calvário, onde foi crucificado ao meio-dia, ao lado de dois ladrões. Jesus morreu às 15h00 e seu corpo foi colocado em um sepulcro cavado na rocha.

Neste dia, como na Quarta-feira de Cinzas, os fiéis são convidados a compadecer do sofrimento de Jesus, fazer jejum, não comer carne vermelha. O jejum consiste em fazer uma só refeição forte ao dia. A abstinência consiste em não comer carne.


O QUE ENSINA A IGREJA SOBRE JEJUM E ABSTINÊNCIA

O jejum e a abstinência são práticas muito comuns no período da Quaresma. A Igreja recomenda que os fiéis as façam especialmente durante este tempo litúrgico, mas também no decorrer do ano.


Jejum

De acordo com o Código de Direito Canônico – livro das leis que orienta a Igreja Católica – o jejum é a "forma de penitência que consiste na privação de alimentos". Para tal prática, a orientação tradicional é que se faça apenas uma refeição completa durante o dia e, caso haja necessidade, pode-se tomar duas outras pequenas refeições, que não sejam iguais em quantidade à habitual.

Pelas orientações da Igreja, estão obrigados ao jejum os que tiverem completado 18 anos até os 59 completos. Os outros podem fazer, mas sem obrigação. Grávidas e doentes estão dispensados do jejum, bem como aqueles que desenvolvem árduo trabalho braçal ou intelectual no dia do jejum.


Abstinência

Sobre a abstinência, o Direito Canônico diz que "consiste na escolha de uma alimentação simples e pobre". Segundo o documento, a tradição da Igreja indica a abstenção de carne, pelo menos nas sextas-feiras da Quaresma. "Mas poderá ser substituída pela privação de outros alimentos e bebidas, sobretudo os mais requintados e dispendiosos [caros] ou da especial preferência de cada um", orienta o documento.

A obrigação da abstinência começa aos 14 anos e se prolonga por toda a vida. Grávidas que necessitem de maior nutrição e doentes que, por conselho médico, precisam comer carne, estão dispensados da abstinência, bem como os pobres que recebem carne por esmola.

O jejum e a abstinência podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências Episcopais de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitência cristã.

Postar um comentário

0 Comentários